terça-feira, 28 de outubro de 2014

One more day

Burros, avestruzes everywhere. Por todo o lados calhaus com olhos. Com olhitos admirados. Calhaus cegos até. Principalmente calhaus cegos de ideias. Burros como portas, burros como sinos. Dia após dia com os seu casacos de dono de funerária, a circular na rua, nos locais de trabalho, nos tascos que vendem Porto a 80 cêntimos, nos tribunais e nas empresas. Calhaus avençados, calhaus que levam clientes a vender alfaias agrícolas para pagar honorários manifestamente exagerados e muitas vezes imerecidos. Não sei como  alguns não levam um tiro ou umas punhadas no focinho.
Aves raras que se apresentam de cada vez que cumprimentam uma pessoa, mesmo sendo já a terceira ou quarta vez que cumprimentam essa pessoa. Gajos sem espinha dorsal e sem qualquer outro osso, que atiram a mão solta num cumprimento que de aperto de mão só tem o nome. Cabrões e putas que estão há um mês para responder a um e-mail com uma questão muito simples (escritórios grandes, fabricas de facturar). Ministros, secretários de estado e acessores da treta. Tipos que 'trabalham' em consultoras, agências disto e daquilo.
Espero que todos tenham rugas precoces e úlceras e tomates descaídos. Furúnculos na testa. Que fiquem todos como o retrato n'O Retrato de Dorian Gray. Tudo numa idade algo jovem. E que se reformem cedo. E que se mudem para um país tropical e não voltem.

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