quinta-feira, 2 de julho de 2015

Quem pede factura com NIF num hipermercado e não tem de a entregar ao contabilista por algum motivo merecia ser espancado com um bacalhau graúdo. Pronto, já disse.

Encontrei-o apenas ontem por causa de uma pesquisa no Google. E hoje, tau, uma conversa de caixa de hipermercado que merece ser postada.
Senhora velhota e marido à minha frente. O senhor a arrumar a tralha sozinho e a senhora meio cansada (ou não) senta-se na cadeira da caixa vazia do lado. A mandar bitaites, a perguntar se tinha dinheiro no cartão. Queria factura com NIF mas enganou-se duas vezes a dizer o número. A funcionária paciente e educada ainda teve de se esticar para apanhar o cartão de contribuinte que a senhora lhe estendeu sem grande vontade de lho fazer chegar.
Atrás de mim um casal provavelmente alemão ou algo assim. O senhor meteu conversa comigo num espanhol quase perfeito mas com sotaque Rammstein.
Perguntou-me se era português, e tendo eu dito que sim, quis saber porque é que diziamos o NIF ao pagar as compras. Pensava ele que era obrigatório quando se pagavam as compras com MultiBanco. Expliquei que não era obrigatório nem exclusivo dos pagamentos MB. Expliquei-lhe aquela coisa de se poder ganhar o Audi, de o governo achar que assim haverá menos fuga aos impostos. Ainda lhe disse que assim o estado também saberá facilmente, se quiser, onde e quanto gastamos. Ele perguntou se eu dava o NIF e eu expliquei que ali não, que nem achava lógico e só o fazia em compras grandes ou importantes e que não atrasassem a vida de outras pessoas. Tudo isto enquanto a funcionária passou as minhas compras e eu as ensaquei. Ela claro está perguntou como tem de ser se queria NIF na factura e eu disse que não era preciso. Paguei e já na despedida o senhor vira-se para mim e diz: Taambéém vou fazerrr como tuuu!
Eu sempre achei que esta ideia do NIF em todo o lado era uma palhaçada tipicamente portuguesa. Hoje Tive a certeza.

Sem comentários: